Através do vidro
Sentada no sofá, eu fumei um cigarro inteiro observando a cena estática, como uma foto. Pressionei o filtro amarelo contra o cinzeiro sujo e sem pressa levantei-me, em passos calmos caminhei até ela. A pouca luz do dia nublado deixava em evidência somente um lado do seu rosto. Passei um braço por trás de seus ombros e com a outra mão brinquei com seus fios lisos de cabelo. Sem desviar o olhar, ela respirou fundo e se acomodou em meu colo. A segunda foto foi tirada para que a nossa dança imóvel se eternizasse. Sem trocar palavras gastamos ali muitos minutos. Olhávamos para o trânsito e mirávamos o horizonte, sintetizando nossos medos em gotas de chuva desprezíveis por seu tamanho que começavam a cair sobre a cidade adormecida.
6 Comments:
isso me lembrou as gotas de chuva q batiam no plastico q seu vizinho colocou ao lado do seu quarto amor...
e é tudo mto lindo...
bjo.
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miris, minha pequena..
vamos ver se isso aqui vai pra frente =P
noa sei exatamente o que fazer com ele
nao sou acostumada com blogs... but we can try.
hope you're ok, precious one
kisses kisses
Míris, você escreve muito bem! Acho que só falei com você via orkut há alguns meses atrás, mas acabei parando aqui por acaso e achei tudo lindo, precisava comentar. O texto do suicídio é absurdamente verdadeiro! =~~~~
Meu deus!!! Agora fiquei com vergonha daqueles meus textinhos bobos!!! Adorei seus escritos, moça!!! Parabéns! beijos!
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